Sábado de sol, muito sol quando se trata de verão e em Cuiabá, dia tranquilo. Como não trabalho sábado e na sexta dormi tarde, acordei 12h30. Como de costume, antes mesmo de escovar os dentes, liguei o notebook pra ver o que perdi nesse meio dia, além do Globo Esporte em véspera de clássico San-São. Pra minha surpresa a conexão com a internet estava fora. Não liguei, tava sonolento ainda, fui tomar meu banho.
Depois do banho fui me tocar que tinha que fazer um almoço legal pra minha namorada, tínhamos combinado na sexta. Não queria fazer nada do que eu já faço ou que ela tenha comido. Peguei o notebook de novo para procurar um prato legal no Google (meu salvador). Já era 13h, a conexão ainda não tinha voltado. Não tinha mais tempo, fui fazer um prato que sempre faço. 14h30, pra minha
alegria sorte eu estava inspirado, minha parmegiana ficou demais, palavras da namorada.
De barriga cheia Satisfeito, sabadão e com um copo de coca na mão, todo mundo merece mais um pouquinho de sono. Aliás, aqueles depois do almoço são os melhores. 16h, acordei com vontade de ver filme, minha namorada topou. Peguei o notebook, sonolento, pra entrar no site do shopping e conferir a programação. Fiquei na vontade, nada de conexão ainda. Sexta olhei os horários, mas não me lembrava muito bem, jurava que tinha sessão às 17h. Errei, o filme começava às 16h45, mesmo assim assistimos com algum tempo de atraso.
Saímos do cinema por volta das 19h. Minha namorada me lembrou que tiramos uma foto na sexta em uma festa para um site. Falei pra ela que quando chegássemos em casa eu pegaria a foto e iria atualizar meu álbum no Orkut. Cheguei em casa às 19h30 e nada de conexão. Fiquei puto!
Não dava pra esperar mais, tive a brilhante ideia de entrar em contato com o provedor. Sempre faço isso pelo chat do site da empresa. Como não tinha essa alternativa, fui tentar o 0800, que com muito custo consegui achar em um contrato. Liguei às 20h, mas recebi uma mensagem bem simpática de que a ligação não poderia ser feita por celular. Como não tenho um telefone fixo, já era. Ainda lembrei que precisava comprar um livro na Saraiva pelo aniversário do meu irmão que mora no interior.
Minha namorada foi embora às 21h. No mesmo horário começou a novela das oito da Rede Globo. Logo depois, às 22h começou Big Brother Brasil 10. Como me restou só a TV, assisti. Logo nesse sábado teve a formação de um paredão surpresa. Entre os indicados tinha uma garota do Twitter que não gosto, pela postura dela na internet. No final do programa o Bial liberou a votação, eram 23h30. Eu que nunca senti vontade de participar da votação, fiquei com vontade de tirar aquela garota de lá. Fui para o notebook mais uma vez pra entrar no site, e novamente sem sucesso.
Desacorçoado fui tomar meu banho. Tomei e fui deitar às 23h55. Por
vício teimosia tentei ligar o notebook mais uma vez. Demorou, mas faltando alguns minutos para o dia acabar entrou! Não perdi tempo, fui para o Twitter e postei várias reclamações sobre o provedor. Para minha surpresa, várias pessoas também não tinham conseguido entrar na internet durante o dia, cada um com sua história. O assunto repercutiu, virou post no meu blog e foi publicado em vários outros blogs e sites de notícias.
Agora, 2h da manhã de domingo, vou dormir que logo mais tem San-São.
Moral da "história"
Essa "historinha" não é um fato exatamente real. São situações (comprar, pesquisar, votar, atualizar as redes, se informar, etc) que criei em um dia que a internet seria aparentemente "dispensável". Minha intenção foi ilustrar como tornamos dependentes da internet e da facilidade de acesso às informações que ela nos oferece. Nosso perfil mudou, nossa paciência diminuiu.
Faça uma reflexão e pense bem: O que você consegue fazer hoje sem internet? Pra ficar mais claro, não quero dizer que devemos ficar pirados por causa de uma conexão. Acho até que devemos ter momentos para desligar disso tudo, mas desde que essa escolha seja nossa. :)
Ps.: Esse post foi inspirado por um
texto no blog do pessoal do Factoide!: A internet que te liga ao mundo (ou Quase o Petkovic entra na dança do desempregado). Vale a leitura.