quinta-feira, 27 de maio de 2010

O que faz uma empresa não investir em ambientes onde seus “amigos e clientes” possam sentir-se em casa?

Em um dos meus alertas do Google encontrei um texto muito bacana. Resume bem a importância da integração das "velhas" e "novas" mídias e define o novo tipo de consumidor, muito mais exigente. Cita como exemplo o trabalho que a Rede Globo vem fazendo nas redes sociais. Dessa vez com a nova novela das oito, “Passione”.

Gostei tanto que resolvi "surripiar" o post desse blog. O título original é "Pra que misturar novela com redes sociais?". Vale a pena visitar também o site oficial da novela, ficou muito legal.

Segue o texto na íntegra.

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Vem aí mais um campeão transmídia de audiência. A novela “Passione”, que estreou semana passada, tem tudo para servir de exemplo sobre a importância da interação entre diversas mídias. A Globo está investindo pesado no site da história, em perfis no Twitter, em redes sociais e em tudo quanto é interação possível com os fãs da novela. Pode ser um fenômeno tipo Big Brother. Com melhor conteúdo.

Mas para que serve oferecer essa experiência noveleira além da telinha — que implica gastos razoáveis sem retorno publicitário da maneira tradicional? Será que é só para manter a marca na onda internet?

Certamente não. Claro que esse gasto de energia serve para entreter, surpreender, capturar e informar o público a respeito de uma das principais atrações da rede. Nada de surpreendente.

Mas não é só isso. Investir no cruzamento de mídias serve para estudar como as novas gerações se comportam diante da velha fórmula noveleira. Afinal, como qualquer bom folhetim, uma novela pretende prender a atenção do público por meses a fio. Assim tem sido desde sempre, mas os hábitos vão mudando. Argumenta-se que, em geral, as novas gerações mal conseguem se ligar em textos longuíssimos, daqueles com mais de 140 letrinhas... Quem garante, então, que elas vão acompanhar novelas à moda antiga?

O principal é que, por mais que a gente proteste, a fila anda — e, naturalmente, são essas novas gerações que vão sustentar o setor de mídia e entretenimento do futuro. E o futuro (que me perdoem a sem-gracice) já começou...

Daí a importância de acompanhar de perto o comportamento do telespectador que tem um controle remoto numa mão, o mouse na outra, querendo novela, vídeo, fotos, curiosidades, fofocas etc. etc. tudo ao mesmo tempo agora.

Mais do que isso, é o tipo do consumidor que não está nem um pouco preocupado com velhos conceitos, como direitos autorais, e não tem qualquer problema em baixar seu programa favorito sem desembolsar nada por ele. Alguém aí lembra da TV Pirata? O nome é esse, noutro conceito.

Por essas e por outras, não estariam as novelas do futuro relacionadas às manhas e manias da internet? Quem sabe?

Tem sido assim, por exemplo, com o mercado de jogos (reais ou virtuais). Há tempos, por exemplo, que a gloriosa torcida alvinegra (que se perdoe o pleonasmo) não precisa esperar muito para rever os gols do Botafogo. Loco Abreu chuta, e a bola vai logo para nas redes (literal e virtual).

Não esqueçamos que, mesmo que a web já esteja entre nós há 15 anos — comercialmente — é certo que muito do que se fala a seu respeito ainda é incerteza. O que a gente não pode deixar de fazer é monitorá-la o tempo todo. E investir nela. Qualquer estratégia diferente pode ser bem arriscada.

Além disso, uma velha sugestão está por trás das redes sociais: “vá procurar sua turma”. A presença de um mesmo “assunto” em diversas mídias serve para isso. Tipo “sinta-se em casa, onde quer que você esteja”. O que faz uma empresa não investir em ambientes onde seus “amigos e clientes” possam sentir-se em casa?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

10 coisas que, sem o Twitter, não aconteceriam

Estou aqui mais uma vez pra falar do Twitter. Ferramenta muito legal, simples, cheia de significado e que já mudou muita coisa na Internet, principalmente a maneira das pessoas se comunicarem.

No Twitter acontece de tudo. Quem utiliza regularmente sabe do que estou falando. Lendo essa matéria, que diz que 1/3 das pessoas que usam redes sociais se arrepende das mensagens que publica, fiquei pensando em coisas que, se o Twitter não existisse, não aconteceriam.

Cosegui listar 10 coisas que de alguma maneira marcaram e dificilmente aconteceriam sem o Twitter.

1 - A Tessália não teria participado do BBB10
Acompanhando a febre do Twitter, o diretor do programa (Boninho) resolveu selecionar na ferramenta, entre outros, a publicitária Tessália Serighelli, dona do polêmico e conhecido perfil @twittess. A estratégia deu certo, muito se comentou na internet a escolha da "robozinha".

2 - O ator Bruno Gagliasso não teria divulgado seu celular
O ator da Rede Globo não se ateve para o clichê "saiba onde está pisando". Sem saber que tudo que é postado no Twitter é aberto a todos (exceto via DM), o global, em resposta ao perfil do Tico Santa Cruz, divulgou simplesmente seu número de celular pessoal. Logicamente, teve que trocar de número.
Ps.: Não. O número do ator não me interessou, mas o fato marcou.

3 - A Locaweb não teria demitido seu diretor comercial
O que a falta de razão não faz. O ex-diretor comercial da Locaweb (empresa de serviços de hospedagem) Alex Glikas, exaltado diante de um clássico Corinthians X São Paulo, enviou mensagens provocativas aos torcedores do São Paulo pelo Twitter. Até aí tudo mais ou menos. O que complicou sua vida e que gerou sua demissão, foi o fato de a Locaweb ser uma das patrocinadoras do São Paulo naquele jogo.

4 - A Tecnisa não teria vendido um apartamento
Esse fato é, em minha opinião, um dos melhores exemplos de como usar o Twitter. Ano passado (maio/2009) a Tecnisa, reconhecidamente uma empresa que inova, vendeu um apartamento de 500 mil reais em São Paulo. O comprador (gerente de TI) é um dos seguidores do perfil desde janeiro/2009.

5 - Não veríamos a Demi Moore de lingerie passando roupa
Se tem alguém que ajudou impulsionar o Twitter foi o ator, "viciado" na ferramenta e felizardo marido da Demi Moore, Ashton Kutcher. O cara é tão maluco que postou uma foto da esposa de lingerie, abaixada e de costas. Ainda tirou onda, disse que a Demi Moore estava passando um terno dele. O ator é um dos mais seguidos do Twitter.

6 - Não saberíamos que a Sasha foi alfabetizada em inglês
Fora as pessoas que compram as revistas Caras, Contigo ou outra do gênero, ninguém saberia que a "desejada" filha da Xuxa, a Sasha (quem mais seria), foi alfabetizada em inglês. Pelo menos esse foi o argumento da apresentadora enquanto estava estressada com as críticas direcionadas a filha, que tinha escrito errado no perfil da Xuxa.
Ps.: Esse assunto não tem relevância alguma, mas como nem tudo no Twitter tem, foi um fato que marcou pela maneira desastrosa da utilização da ferramenta.

7 - Famosos não discutiriam tanto publicamente
Como no item acima, fora as pessoas que compram revistas ou assistem programas de fofoca, muito bate-boca entre famosos passariam despercebidos. No Twitter nada passa despercebido, algumas discussões marcaram, como Marcelo Tas x Diogo Mainardi, Luciano Huck x Diretor do Gugu, Kaká x Cristiano Ronaldo, Barrichello x Vesgo, entre outras. Resta-nos ficar de camarote esperando a próxima (aprenda aqui como se portar diante da briga).

8 - Aloizio Mercadante não teria renunciado a liderança do PT
- Eu subo hoje à tribuna para apresentar minha renúncia da liderança do PT em caráter irrevogável - afirmou Mercadante em seu perfil. Parece sério e honesto, não? Pena que durou pouco tempo, um dia para ser mais preciso. Depois de uma conversa com o Presidente Lula, o líder do PT reconsiderou a decisão e disse que errou. Teve que corrigir no Twitter e recebeu muitas críticas dos seus seguidores.

9 - A Best Shop TV não teria se queimado tanto
A mania "Twitter" influenciou muitas empresas a criar promoções na ferramenta. Muitas delas despreparadas, como foi o caso da Best Shop TV. A loja virtual anunciou que caso atingisse mil seguidores até a meia-noite no dia da divulgação, televisores de LCD seriam vendidos por R$ 200 (10% do preço original) durante a madrugada. Não calcularam a quantidade de acessos, o site não suportou e caiu. Além disso, não disseram que apenas duas unidades estavam disponíveis para todos os compradores. Muita gente ficou puta. Criaram até um blog "Eu Odeio a Best Shop Tv".

10 - Não existiriam pedidos de casamentos tão geeks
Mesmo utilizando a internet há muito tempo, demorei a digerir que pessoas pudessem namorar pela web e que casassem. Até um casal indígena se conheceu pela internet. De qualquer maneira, nesse caso, as conversas eram restritas ao casal. Mas dizem que a tecnologia imita a vida, não demorou a alguém fazer um pedido público de casamento. Para fazer tal feito, utilizaram o Twitter (veja a imagem acima). Tem coisa mais geek que isso?

#Meldels, compartilha-se de tudo...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Arnaldo Jabor fala sobre a teimosia do Dunga

O Arnaldo Jabor fez, ontem (11.05) no Jornal da Globo, a melhor análise sobre a convocação (teimosa) do Dunga. Ele afirma que o técnico odeia os riscos e o talento e se fosse técnico da seleção brasileira em 1958, não convocaria o Pelé e nem o Garrincha.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Política, história e muita ação em Zona Verde

Desde "O Lobisomem" não escrevo sobre algum filme aqui, não por falta de tempo, mas por falta de inspiração e vontade dos filmes que vi nesse período. Olha que foram muitos, como "Alice no País das Maravilhas" e "Como Treinar seu Dragão", que são bons filmes.

A vontade e a inspiração voltaram com "Zona Verde". Como "O Curioso Caso de Benjamin Button" fui assistir sem pretensão, não sabia exatamente do que se tratava.

Pois bem, fui impressionado por uma história "antiga' e batida como a Guerra do Iraque. Matt Damon (Miller, sub-tenente do exército dos EUA) faz parte da equipe de soldados que tenta encontrar “armas de destruição em massa” que Saddam H. teria escondido no Iraque. Em um certo momento começa a desconfiar de uma falha na inteligência dos EUA, que poderia estar fornecendo pistas falsas de onde as armas estariam.

É um filme muito interessante, não me lembro de um filme de guerra que trate bem de política (por todos aspectos, inclusive de veículos de comunicação), que tenha muita ação e por fim, ainda surpreenda com uma história antiga.

Gostei da atuação do Matt Damon, apesar de achar que poderia ser mais incisivo. A fotografia e direção de arte também são muito boas. As cenas de ação me convencem bem, senti bastante adrenalina.

Gostaria de ter visto o filme em uma sala de cinema melhor, com imagem e som melhores. Já disse no Twitter que em Cuiabá existem dois tipos de cinema, aquele que tem boa programação e o que tem boas salas. Nesse caso fui a primeira opção.

É isso. Vejam o filme que é muito bom. Segue abaixo sinopse e trailer.

Sinopse:

Em 2003, o subtenente do exército americano Roy Miller (Matt Damon) e sua equipe são designados para achar armas de destruição em massa supostamente guardadas no deserto do Iraque. Mas, indo de um lugar cheio de armadilhas e trincheiras a outro, os homens que buscam agentes químicos mortais esbarram em uma farsa que subverte o propósito da missão. Agora Miller precisa vasculhar os serviços secreto e de inteligência escondidos em terra estrangeira para encontrar respostas que ora acabarão com um regime nocivo ora propagarão uma guerra em uma região instável. Nesse momento delicado e nesse lugar inflamável, ele descobre que a arma mais ilusória de todas é a verdade.

Trailer: