Em um dos meus alertas do Google encontrei um texto muito bacana. Resume bem a importância da integração das "velhas" e "novas" mídias e define o novo tipo de consumidor, muito mais exigente. Cita como exemplo o trabalho que a Rede Globo vem fazendo nas redes sociais. Dessa vez com a nova novela das oito, “Passione”.
Gostei tanto que resolvi "surripiar" o post desse blog. O título original é "Pra que misturar novela com redes sociais?". Vale a pena visitar também o site oficial da novela, ficou muito legal.
Segue o texto na íntegra.
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Vem aí mais um campeão transmídia de audiência. A novela “Passione”, que estreou semana passada, tem tudo para servir de exemplo sobre a importância da interação entre diversas mídias. A Globo está investindo pesado no site da história, em perfis no Twitter, em redes sociais e em tudo quanto é interação possível com os fãs da novela. Pode ser um fenômeno tipo Big Brother. Com melhor conteúdo.
Mas para que serve oferecer essa experiência noveleira além da telinha — que implica gastos razoáveis sem retorno publicitário da maneira tradicional? Será que é só para manter a marca na onda internet?
Certamente não. Claro que esse gasto de energia serve para entreter, surpreender, capturar e informar o público a respeito de uma das principais atrações da rede. Nada de surpreendente.
Mas não é só isso. Investir no cruzamento de mídias serve para estudar como as novas gerações se comportam diante da velha fórmula noveleira. Afinal, como qualquer bom folhetim, uma novela pretende prender a atenção do público por meses a fio. Assim tem sido desde sempre, mas os hábitos vão mudando. Argumenta-se que, em geral, as novas gerações mal conseguem se ligar em textos longuíssimos, daqueles com mais de 140 letrinhas... Quem garante, então, que elas vão acompanhar novelas à moda antiga?
O principal é que, por mais que a gente proteste, a fila anda — e, naturalmente, são essas novas gerações que vão sustentar o setor de mídia e entretenimento do futuro. E o futuro (que me perdoem a sem-gracice) já começou...
Daí a importância de acompanhar de perto o comportamento do telespectador que tem um controle remoto numa mão, o mouse na outra, querendo novela, vídeo, fotos, curiosidades, fofocas etc. etc. tudo ao mesmo tempo agora.
Mais do que isso, é o tipo do consumidor que não está nem um pouco preocupado com velhos conceitos, como direitos autorais, e não tem qualquer problema em baixar seu programa favorito sem desembolsar nada por ele. Alguém aí lembra da TV Pirata? O nome é esse, noutro conceito.
Por essas e por outras, não estariam as novelas do futuro relacionadas às manhas e manias da internet? Quem sabe?
Tem sido assim, por exemplo, com o mercado de jogos (reais ou virtuais). Há tempos, por exemplo, que a gloriosa torcida alvinegra (que se perdoe o pleonasmo) não precisa esperar muito para rever os gols do Botafogo. Loco Abreu chuta, e a bola vai logo para nas redes (literal e virtual).
Não esqueçamos que, mesmo que a web já esteja entre nós há 15 anos — comercialmente — é certo que muito do que se fala a seu respeito ainda é incerteza. O que a gente não pode deixar de fazer é monitorá-la o tempo todo. E investir nela. Qualquer estratégia diferente pode ser bem arriscada.
Além disso, uma velha sugestão está por trás das redes sociais: “vá procurar sua turma”. A presença de um mesmo “assunto” em diversas mídias serve para isso. Tipo “sinta-se em casa, onde quer que você esteja”. O que faz uma empresa não investir em ambientes onde seus “amigos e clientes” possam sentir-se em casa?
Nem to sabendo
Há 5 dias